A VIDA DOS PURITANOS

A VIDA DOS PURITANOS - Série - Parte I

Caro leitor, hoje começo uma série sobre os principais nomes do puritanismo inglês, pois, decidi falar sobre o tema para conhecermos esses homens e suas vidas de piedade e devoção a DEUS, bem como, sua teologia. Embarque comigo nessa viagem, se não gostar, desça na próxima estação, o trilho é longo, mas a opção é sua. Abraço.

Uma breve explicação sobre o movimento puritano.

O puritanismo foi um movimento da Reforma Protestante na Inglaterra. Em termos mais simples, como bem explicou Erroll Hulse: “eles foram uma fraternidade de pastores que enfatizavam as grandes verdades centrais do cristianismo, tais como: fidelidade às escrituras, pregação expositiva, cuidado pastoral, santidade pessoal e piedade prática associada a cada área da vida.” Ou seja, eles zelavam pelo Evangelho.

Por que precisamos dos puritanos?

Sabemos que a palavra “puritano” tem sido muito mal compreendida nos dias atuais, quando se fala que alguém é um puritano, diz-se que essa pessoa é chata, sisuda, prepotente, orgulhosa e etc. Infelizmente, a palavra tem sido associada também a religiosidade, farisaísmo, hipocrisia, e vida sem piedade. Vimos acima, que eles não eram denominados assim. Por que precisamos deles nos dias atuais? Pense comigo no cenário evangelical atual: teologia da prosperidade, neopentecostalismo a todo vapor, liberalismo teológico, uma luta para reinterpretar as Escrituras Sagradas, vida de piedade no esgoto. Nas palavras do grande J. I. Packer “entre os gigantes de DEUS” precisamos dos puritanos para voltarmos a entender alguns pontos de suma importância em nossa caminhada cristã, dentre eles eu destaco:

1- Viver a vida para a glória de DEUS, os puritanos não distinguiam o sagrado e o secular.

  • Comunhão com DEUS, vida espiritual fervorosa.
  • Sem tempo para o ócio e a preguiça, um ensinamento ao trabalho e seu valor.
  • A ética no casamento e na criação de filhos.

Precisamos dos puritanos para voltarmos a entender o que é a graça de Deus, algo perdido nas igrejas, inclusive de confissão reformada, para lembrarmos que a conversão está ligada à santificação, que a teologia do pacto é um relacionamento mútuo para não cairmos nos erros doutrinários mencionados anteriormente, dentre eles, e julgo o mais importante, sobre a Bíblia, pois, continuamos a crer na autoridade das Escrituras Sagradas, a Bíblia não precisa de uma reinterpretação, assim sendo, não cairemos no evoteísmo, pois, os puritanos acreditavam que Deus criou o mundo tal como as Escrituras afirmam, eles acreditavam na providência de Deus de forma fantástica, eles iam para a “leitaria” esperando encontrar Deus naquele lugar.

Veja, falar dos puritanos é falar de um povo que amava a Deus e Suas obras, e a vida como um todo para louvor e glória do Altíssimo.

(Continua no próximo boletim.)

                                                                                                Rev. João Paulo Alves do Nascimento

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